GOVERNO DEVERÁ SUSPENDER APLICAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO

Nos próximos dias, o governo do presidente Lula, por meio do MEC, deverá editar portaria que interrompe a implementação do NEM (Novo Ensino Médio), além de suspender a necessidade de adaptação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ao novo modelo em 2024.

A portaria deve ser publicada com a interrupção do prazo de implementação dessa política aprovada no governo Temer, em 2017, por meio da Lei 13.415 – lei aprovada através da “Reforma do Ensino Médio”, uma medida autoritária que interrompeu, em 2016, o debate que estava sendo feito, junto ao Fórum Nacional da Educação, para se aplicar uma reforma verdadeiramente democrática na educação brasileira.

Para o Sindicato dos Professores de Campos e São João da Barra (Sinpro), a Feteerj, Federação à qual o Sinpro é filiado, e demais sindicatos dos professores, a mobilização pela revogação do NEM e não apenas a sua suspensão tem que continuar junto aos educadores, estudantes e sociedade em geral.

Mesmo porque, o anúncio de que o Novo Ensino Médio será suspenso ainda não é oficial da parte do governo. Além disso, já há declarações de integrantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) contra a interrupção.

Por isso, a necessidade de a mobilização continuar firme junto à comunidade escolar.

REVOGA NEM

O dito Novo Ensino Médio é um ataque contra a educação, visando reduzir o investimento e privatizar enormes segmentos da educação pública, favorecendo grupos econômicos. Os professores que trabalham no ensino privado sabem o quanto a atuação desses grandes grupos é nociva – criando oligopólios, aumentando o desemprego na categoria, com o investimento maciço no ensino à distância, além de arrocharem os salários e desrespeitarem direitos trabalhistas.

Não podemos aceitar a precarização do trabalho docente e a exclusão no processo de formação dos estudantes que o NEM vai proporcionar.

Por isso, a Feteerj e os Sindicatos dos Professores filiados apoiam a luta pela revogação do NEM e não apenas a sua suspensão.

Leia aqui a nota da Contee, entidade à qual a Feteerj e os Sinpros são filiados.

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