O Sindicato dos Professores de Campos e São João da Barra (Sinpro) não concorda com a reabertura dos estabelecimentos privados de ensino e da rede pública enquanto a pandemia do covid 19 não estiver controlada na Região do Norte Fluminense – controlada segundo a aferição dos órgãos competentes, como a Fiocruz e universidades públicas.
É notório que a pandemia do covid-19, motivo da suspensão das atividades presenciais desde março, ainda não está controlada e abrir as escolas públicas, colégios particulares, creches e universidades levaria milhares de professoras(es), funcionários, estudantes, pais e responsáveis a um contato direto; também levaria às ruas e transportes da cidade milhares de pessoas, aumentando o contágio e, por consequência, piorando o quadro da doença nas cidades de nossa Região.
Segundo a imprensa, Campos é o município do Norte Fluminense com maior índice de mortalidade por consequência da Covid-19 (6,9%); e continua com uma taxa maior do que a média nacional que está em 4,2%. Ou seja, a situação não nos permite sequer sugerir a volta às aulas, nesse momento.
O próprio governador do estado, em decreto publicado no Diário Oficial de 05/08 (decreto nº 47.196), suspendeu o retorno das aulas presenciais até 20 de agosto. Entendemos, também, que a ida às escolas para trabalhos administrativos, reuniões etc têm que ser evitados a todo custo – o Sinpro está disponível a seus associados para receber denúncias de qualquer tipo de assédio a respeito dessa situação.
Dessa forma, consideramos que as instituições privadas de ensino e a rede pública só podem ser reabertas após uma discussão profunda, com a participação de todas as partes envolvidas, e se baseando, principalmente, nas orientações científicas e sanitárias das autoridades pertinentes.
Professor Frederico Rangel – presidente do Sindicato dos Professores de Campos e São João da Barra (Sinpro)